sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

22 - FEVREIRO 2009

Ela fará de mim o que quiser
abandonado à sorte
de não te poder encontrar nas cerebrais flores
de mentira me envolvo
arrancando-te de um jardim público
Raiz e tudo
como uma borboleta danço à volta da morte
com as minhas entranhas
todas frágeis de plástico

Prendas desse místico casamento
isqueiros, pistolas e navalhas
algumas fotos e uma ou outra camisa
de Vénus usada

que mal fiz a mim mesmo
no mar obscuro
das tuas carnes em revolta
e um tiro no escuro
projecta-se no teu olhar

até cair
nos braços
rudes
da lucidez

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